AS OPERAÇÕES PETROLÍFERAS EM ANGOLA PODERÃO SER PARALISADAS

Os trabalhadores da Petrolífera Schlumberger poderão juntar-se à Halliburton e juntos clamarem pela indexação dos seus salários!

16/01/2020

Uma grande onda de protestos e manifestações dos trabalhadores do sector petrolífero angolano poderá causar caos e paralisar algumas operações neste sector devido as exigências dos trabalhadores de várias empresas que desejam o cumprimento da lei e verem os seus salários indexados ao Dólar Norte Americano.

Os trabalhadores da Schlumberger em Angola, a maior prestadora de serviços no sector petrolífero mundial, avançarão para uma assembleia de geral de trabalhadores hoje, dia 17 de Janeiro de 2020, para se decidir sobre a paralisação das suas actividades, O que decretará uma greve geral de trabalhadores para se exigir que a Empresa pague os seus salários ao Câmbio actual do BNA, como acontece com as demais empresas.

Depois de estarem reunidos com a direcção da Empresa sob a mediação do Ministérios dos Petróleos de Angola, os trabalhadores recusaram a proposta da empresa para um aumento salarial de 29%, pois dizem não exigerem aumentos salariais, mas sim, que os seus salários sejam apenas indexados ao Câmbio do Banco Nacional de Angola.

A mesma é exigência é feita pelo colectivo de trabalhadores da Halliburton, que paralisaram as suas actividades desde 16 de Dezembro de 2019 e dizem estar dispostos a chegar até as últimas consequências caso as exigências patentes no seu canderno reivindicativo não forem cumprimidas.

A Empresa e colectivo de trabalhadores têm estado a se sentar na mesa de negociações, mas a Empresa insiste em oferecer um aumento salarial, ao contrário daquilo que os trabalhadores exigem, que é a indexação dos seus salários ao câmbio do BNA.

Caso se consuma a paralisação das actividades pelos trabalhadores da Schlumberger, várias operações de desenvolvimento e produção de Petróleo em Angola poderão ser paralisadas, agudisando ainda mais o estado crítico que se encontra a nossa produção Nacional, pois essas duas empresas juntas detêm mais de 90% da quota do mercado angolano de operações petrolíferas e uma paragem poderá colocar várias actividades em risco.