Stock de crédito atinge 6,2 biliões de kwanzas

Desmembrando essa evolução, o crédito bruto ao setor não financeiro alcançou 7,8 biliões de kwanzas, com destaque para o setor privado, responsável por 87,6% desse volume, enquanto o setor público (excluídos os títulos) respondeu por 12,4% do total. O endividamento público não financeiro foi de 966,9 mil milhões de kwanzas, registrando um aumento substancial em comparação ao ano anterior.

Enquanto isso, o setor privado — composto por empresas privadas e particulares — elevou seu endividamento em 860,2 mil milhões de kwanzas (+14,4%), saltando de 6,0 biliões em maio de 2024 para 6,8 biliões em maio de 2025. Desse total, 5,3 biliões de kwanzas correspondem às empresas não financeiras e 1,5 biliões aos particulares indivíduuais.

O crédito direcionado ao segmento produtivo da economia, chamado setor real, chegou a 1,6 biliões de kwanzas, um crescimento de 23,1%, impulsionado sobretudo pelo subsetor da indústria extrativa, que teve incremento de 189 mil milhões de kwanzas (+53,8%). Esses valores incluem operações financiadas conforme o Aviso 10/2024 do BNA, que somaram 1,3 biliões de kwanzas, representando 83,3% do crédito ao setor real e 17,3% da carteira total de crédito bruto.

A estrutura do crédito revela ainda a distribuição por setores econômicos: indústrias transformadoras absorveram 44,2% do crédito (708,5 mil milhões de kwanzas), indústrias extrativas 33,7% (540,0 mil milhões) e o setor de agricultura, pesca e floresta 22,1% (353,9 mil milhões).

Este fortalecimento expressivo do crédito em moeda nacional aponta para um ambiente financeiro mais dinâmico e robusto em Angola, refletindo tanto a retomada da atividade económica quanto a confiança das instituições e agentes privados, em especial no setor produtivo.