BPC recupera crédito no valor de 62,81 mil milhões de kwanzas em 2024
O Banco de Poupança e Crédito (BPC) anunciou ter recuperado, no ano de 2024, financiamentos no valor de 62,81 mil milhões de kwanzas, superando os 57,95 mil milhões recuperados em 2023. Os dados foram revelados pelo Presidente do Conselho de Administração, Cláudio Pinheiro, durante o I Encontro Nacional dos Conselhos de Administração das Empresas Públicas, no âmbito da Campanha Renascer.
Segundo o gestor, em 2022 o banco recuperou cerca de 15,21 mil milhões de kwanzas, enquanto previa atingir os 49,15 mil milhões. Já em 2023, o BPC executou uma carteira de crédito avaliada em 158,7 mil milhões de kwanzas, de um total previsto de 524,25 mil milhões, com um stock acumulado de 457,96 mil milhões. Em 2024, essa carteira teve uma queda em relação ao ano anterior, quando se registou uma execução de 347,59 mil milhões de kwanzas. Cláudio Pinheiro justificou o recuo com a necessidade de se realizar uma avaliação de riscos nos balanços, incluindo taxas de juros e descasamentos de prazos.
Até Dezembro de 2024, o crédito concedido por segmento de clientes atingiu os 457,96 mil milhões de kwanzas. Desse total, 298,32 mil milhões (65%) foram destinados a particulares, 2,40 mil milhões (1%) a empresas públicas e 157,22 mil milhões (34%) a empresas privadas. Em comparação, no ano de 2023, o crédito a particulares foi de 328,62 mil milhões de kwanzas (76%), a empresas públicas 2,43 mil milhões (1%) e a privadas 98,43 mil milhões (23%).
No âmbito do Programa de Modernização do Sistema Informático, o BPC alcançou um grau de execução de 70,8 por cento, com cerca de 1.050.196 contas activas. Em relação ao portfólio de activos imobiliários, a instituição possui 480 imóveis em todo o país, dos quais 66% situam-se em zonas urbanas e 34% em áreas rurais. Deste total, 239 são imóveis de uso não próprio, integrados no Programa de Alienação aprovado em 2020, com receitas estimadas na ordem dos 50 mil milhões de kwanzas. Cerca de 80% desses imóveis estão concentrados nas províncias de Luanda, Bengo, Huíla e Benguela.
Para este ano, o Conselho de Administração do banco prevê concluir o processo de inventariação e registo predial dos imóveis de uso próprio, bem como o balanço do processo de alienação dos restantes bens. Segundo Cláudio Pinheiro, o I Encontro Nacional das Empresas Públicas serviu para reflectir sobre os programas, desafios e perspectivas do sector nos 50 anos de Independência Nacional. Actualmente, o BPC mantém uma força de trabalho composta por 1.441 colaboradores, superando a média de 1.300 registada em outras instituições bancárias do país.