Presidente do Fundo de Garantia de Crédito sob suspeita de desvio de fundos
Recentemente, surgiram alegações envolvendo o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Fundo de Garantia de Crédito (FGC) de Angola, relacionadas ao desvio de fundos da instituição, apesar de um salário mensal de 12 milhões de kwanzas. Este incidente levanta questões sobre a integridade na gestão de fundos públicos e o impacto potencial na confiança das micro, pequenas e médias empresas que dependem do FGC para acesso ao crédito.
O Fundo de Garantia de Crédito tem desempenhado um papel crucial no apoio ao financiamento de micro, pequenas e médias empresas em Angola, facilitando o acesso ao crédito bancário através da emissão de garantias públicas. Em julho de 2023, o Ministério das Finanças reforçou a capitalização do FGC com 50 mil milhões de kwanzas, visando estimular a economia e apoiar empreendedores individuais na obtenção de financiamento junto à banca comercial.
Além disso, o FGC anunciou a implementação de novos mecanismos de acompanhamento aos projetos produtivos empresariais privados que recebem crédito da banca comercial com a cobertura do Fundo. Este modelo visa travar os desvios de financiamentos concedidos pela banca comercial e que contam com a garantia do fundo.
As alegações de desvio de fundos pelo PCA do FGC, caso confirmadas, representam uma contradição aos esforços de transparência e eficiência na gestão dos recursos destinados ao desenvolvimento econômico do país. Este incidente ressalta a importância de uma governança sólida e de mecanismos de controle interno eficazes para garantir que os fundos públicos sejam utilizados de forma adequada e em benefício da sociedade.