Comércio e Petróleo Reduzem Participação no PIB Angolano para 36,6%

A participação dos sectores do comércio e petróleo no Produto Interno Bruto (PIB) de Angola caiu para 36,6% em 2023. Os dados, publicados pelo INE e repercutidos pelo Expansão, mostram uma alteração importante na composição económica do país, evidenciando o crescente peso de outros sectores fora do petróleo.

EDACO
  • 10/12/2025
    Comércio e Petróleo Reduzem Participação no PIB Angolano para 36,6%

    Segundo a análise económica, o contributo do petróleo e gás sofreu retração devido à queda na produção de crude e ao impacto das restrições operacionais em alguns blocos. O comércio, por sua vez, também apresentou recuo, reflexo do enfraquecimento do poder de compra das famílias e da redução da importação de bens.

    Os números revelam uma mudança gradual na estrutura económica angolana, com sectores como agricultura, construção, telecomunicações e indústria transformadora a ganharem maior relevância no PIB. A diversificação tem sido uma meta estratégica do Executivo angolano, como forma de reduzir a dependência das receitas petrolíferas e aumentar a resiliência económica.

    Apesar da queda, o petróleo continua a ser um dos principais motores das receitas públicas e das exportações nacionais. Especialistas destacam que o desafio está em equilibrar o investimento no sector energético com incentivos que acelerem o crescimento de áreas não petrolíferas, capazes de gerar emprego massivo e maior dinamismo interno.

    O comportamento dos indicadores demonstra que Angola está num período de transição económica. Se o processo de diversificação for consolidado, o país poderá reduzir vulnerabilidades externas e construir uma base produtiva mais robusta e sustentável a médio prazo.

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