Luanda Enfrenta Crise de Transporte com Greve dos Taxistas e Sabotagens em Paragens
A cidade de Luanda amanheceu nesta segunda-feira, 28 de julho de 2025, com uma situação crítica: paragens completamente vazias e milhares de passageiros sem transporte devido ao início de uma greve de táxis, anunciada pelas principais associações do setor.

Apesar de ter circulado um comunicado atribuído ao vice‑presidente da ANATA indicando possível suspensão da paralisação, o protesto foi mantido por muitos operadores do setor. Há relatos de tensão interna nas lideranças associativas, o que intensificou ainda mais a instabilidade no transporte urbano.
Nos bairros de Cazenga, Viana, Benfica, Rocha Pinto e Talatona, o impacto foi imediato: as paragens ficaram superlotadas, as filas aumentaram significativamente e passageiros começaram a recorrer a mototáxis e viaturas privadas para tentar chegar ao destino.
Além da escassez de transporte, há denúncias graves de vandalização e sabotagem envolvendo táxis ainda em circulação. Algumas viaturas com passageiros foram forçadas a encerrar corridas abruptamente e os ocupantes foram retirados à força, situações que geraram pânico e indignação.
Destaques
+ Início da greve de táxis em Luanda ocorre entre os dias 28 e 30 de julho, mantendo-se mesmo após rumores de suspensão.
+ Paragens vazias e transportes alternativos como mototáxis em alta requisitados pela população.
+ Casos de sabotagem e expulsão de passageiros de táxis ainda em operação são relatados em vários pontos da cidade.
+ Entre as reivindicações dos taxistas estão: reajustes de tarifas; revisão das rotas e melhores condições de trabalho.
A greve de táxis em Luanda expõe a fragilidade de um sistema de mobilidade urbana já sobrecarregado. Ao interromper o serviço de forma abrupta, os taxistas deixaram milhares de passageiros sem opção de transporte e reforçaram a necessidade de diálogo entre Governo e entidades representativas do setor. A crise evidencia demandas que vão além de reajustes financeiros, envolvendo segurança, regulamentação clara e melhores condições para os profissionais e usuários. Enquanto a paralisação prosseguir, a população permanece refém de uma mobilidade limitada e de altos níveis de conflito urbano.