Exportação Petrolífera Rendeu a Angola 31,4 Mil Milhões de Dólares em 2024

Em 2024, Angola registou receitas de 31,4 mil milhões de dólares provenientes da exportação de 393,4 milhões de barris de petróleo bruto, vendidos a um preço médio de 79,7 dólares por barril. Este volume exportado representou um aumento de 1,80% em relação a 2023, embora o valor total das exportações tenha sofrido uma ligeira diminuição de 0,11%.

EDACO
  • 01/03/2025

    A China manteve-se como o principal destino do petróleo angolano, absorvendo 51,91% das exportações, seguida pela Índia (10,02%), Espanha (6,27%) e Indonésia (4,81%).

    No setor do gás natural, Angola exportou cerca de 4,6 milhões de toneladas métricas em 2024, gerando aproximadamente 2,6 mil milhões de dólares em receitas. Este volume representou um crescimento de 2,3% face a 2023, com a Índia a destacar-se como o principal importador de Gás Natural Liquefeito (LNG) angolano, adquirindo cerca de 53% do total exportado.

    Paralelamente, a refinaria de Cabinda, financiada principalmente pela Gemcorp Holdings Limited, está prevista para iniciar operações até abril de 2025. Esta refinaria, a segunda do país, terá uma capacidade inicial de processamento de 30.000 barris por dia de crude de Cabinda, com planos de expansão para 60.000 barris por dia em fases subsequentes. O objetivo é reduzir a dependência de Angola das importações de combustíveis, especialmente numa altura em que o país pretende eliminar os subsídios aos combustíveis.

    Contudo, o país enfrenta desafios devido à perspetiva de preços mais baixos do petróleo. A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, indicou que o governo prevê um preço médio do petróleo entre 70 e 72 dólares por barril, comparado aos 75 dólares anteriormente estimados para 2024. Esta situação coloca pressão adicional sobre as finanças públicas, especialmente com a intenção de eliminar os subsídios aos combustíveis, que atualmente representam cerca de 4% do PIB.

    Para mitigar os impactos económicos e diversificar a economia, Angola está a avaliar ofertas de financiamento da China e da Europa. O país procura aumentar o financiamento chinês para adquirir bens como painéis solares e veículos elétricos, enquanto a Europa tem demonstrado maior disponibilidade para financiar projetos de diversificação económica. Angola pretende fomentar parcerias público-privadas robustas e envolver o setor privado, afastando-se de acordos de empréstimo tradicionais.

    Estas iniciativas refletem os esforços contínuos de Angola para fortalecer a sua economia e reduzir a dependência das exportações de petróleo, promovendo um desenvolvimento económico mais sustentável e diversificado.

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