Crise Social Agrava Desemprego, Pressiona Inflação e Abala Confiança em Angola

A economia angolana enfrenta uma conjuntura marcada pela deterioração do ambiente doméstico e internacional. Em consequência dos recentes episódios de instabilidade, projeta-se um quadro desafiador para os próximos 3 a 6 meses: retração econômica, escalada do desemprego, alta dos preços dos bens essenciais, enfraquecimento da confiança dos empresários e risco de retração no investimento estrangeiro, inclusive com prejuízos à imagem do país como destino seguro e previsível .

EDACO
  • 01/08/2025
    Crise Social Agrava Desemprego, Pressiona Inflação e Abala Confiança em Angola

    Internamente, o aumento do desemprego — especialmente entre jovens vinculados ao setor do comércio informal — e a escassez de produtos básicos devem pressionar a inflação, provocando impactos diretos no custo de vida. Paralelamente, o ambiente de insegurança e as perdas materiais decorrentes de atos recentes devem gerar aumento nos prêmios de risco dos seguros, além de reduções nas expectativas de novos investimentos.

    Do ponto de vista da confiança empresarial, especialistas alertam que muitos empreendedores hão de adotar maior cautela, postergando ou até suspendendo projetos com receio de novas crises sociais ou vandalismo. A percepção de risco elevado impacta negativamente a disposição de investir, sobretudo em áreas periféricas ou com menor presença do estado.

    O economista Wilson Chimoco destaca ainda que os negócios afetados sofrerão queda de balanço e que a inflação de Luanda tende a acelerar a partir de agosto. Já o consultor Emílio Londa aponta que a repatriação de investimentos e quadros ocorre devido ao medo de repetição de eventos semelhantes e à insegurança jurídica.

    Segundo Mateus Maquiadi, os prejuízos vão além da destruição física de bens — incluem interrupção de atividades produtivas e comerciais, custos elevados com segurança e seguros e necessidade urgente de ações corretivas que promovam estabilidade e proteção à propriedade privada.

    Destaques

    + Previsão de contratos econômicos nos próximos meses: desemprego elevado, inflação em alta e retração da produção

    + Empresários enfrentam perda de confiança e redução de investimentos devido ao risco percebido em Angola

    + Impacto externo negativo na imagem de estabilidade do país, prejudicando a atração de capital estrangeiro 

    O cenário econômico pós-crise social em Angola revela um desafio urgente de reposição da confiança, contenção à inflação e estímulo ao ambiente de negócios. Reverter a percepção de instabilidade e garantir a segurança da propriedade privada são medidas urgentes para restaurar o potencial de crescimento, retomar o fluxo de investimentos e salvaguardar a imagem do país no exterior. Ambiental político e económico alinhado torna-se essencial para angariar capital e consolidar bases sólidas para o progresso nacional.

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