ANPG anuncia “primeiro óleo” do Projeto Begónia
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), em parceria com a TotalEnergies (operadora) e os demais parceiros do Bloco 17/06—Sonangol EP, SSI, ETU Energias e Falcon Oil—anunciou, em Luanda no dia 23 de julho de 2025, o início da produção do “primeiro óleo” do projeto Begónia, em águas profundas na província do Zaire.

Localizado a aproximadamente 150 km da costa angolana, este é o primeiro desenvolvimento submarino interblocos do país, ligando os Blocos 17 e 17/06 mediante cinco poços submarinos conectados às infraestruturas do FPSO Pazflor, em profundidades entre 800 e 1 200 metros. O Begónia adicionará 30 000 barris por dia à produção do FPSO Pazflor, com investimento total de 850 milhões de dólares.
Segundo o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, o projeto é vital para manter a produção nacional, otimizando ativos existentes. Ele enfatizou que Angola continuará a criar oportunidades para parceiros maximizarem suas atividades no país. O PCA da ANPG, Paulino Jerónimo, destacou que o Begónia tem forte componente de conteúdo local, com 1,3 milhão de horas de trabalho, das quais 70% foram realizadas em Angola, especialmente na base da SONILS em Luanda.
O Diretor‑Geral da TotalEnergies Angola, Martin Deffontaines, afirmou que o desenvolvimento interblocos é uma inovação em Angola, permitindo o uso de infraestrutura já existente para extração de petróleo de um bloco a partir de outro. Ele ressaltou que o projeto visa reduzir custos operacionais e emissões de carbono, alinhando-se à estratégia global da empresa em operações offshore mais eficientes e sustentáveis.
O Bloco 17/06 tem a seguinte composição acionária: TotalEnergies (30%), Sonangol EP (30%), SSI (27,5%), ETU Energias (7,5%) e Falcon Oil (5%).
Destaques principais
+ Início oficial do primeiro óleo do projeto Begónia anunciado em 23 de julho de 2025.
+ Projeto representa o primeiro desenvolvimento interblocos em Angola.
+ Produção adicional de 30 000 barris por dia, com custo de USD 850 milhões.
+ Envolvimento local expressivo: 1,3 milhão de horas de trabalho, 70% em Angola.
+ Cooperação técnica e contratual entre concessionária nacional e parceiros para viabilizar o projeto.
O início do projeto Begónia marca um avanço estratégico para a indústria petrolífera angolana. Como primeiro desenvolvimento interblocos no país, o projeto introduz significado operacional inovador e reforça o compromisso com a produção sustentável e de baixo custo. Ao ligar os poços submarinos ao FPSO Pazflor existente, o Begónia ilustra a eficiência e o trabalho colaborativo entre ANPG, TotalEnergies e demais parceiros. Mais do que adicionar novos barris, este marco fortalece a economia nacional, promove a inclusão do conteúdo local e consolida Angola como polo de operações sofisticadas em águas profundas.