Refinaria de Cabinda ainda sem sinais de vida
O projeto da refinaria de Cabinda, que inicialmente prometia operar em janeiro de 2025, continua sem iniciar efetivamente suas operações, apesar das diversas previsões e cronogramas já divulgados. Vários anúncios defendiam que a primeira fase — com capacidade para refinar 30 000 barris por dia — começaria entre o primeiro e o segundo semestre de 2025, porém, até o momento, nenhum funcionamento foi confirmado oficialmente.

Cronologia dos atrasos e previsões
+ Agosto de 2024: O ministro Diamantino Azevedo assegurou que a primeira fase da refinaria entraria em funcionamento no primeiro semestre de 2025, com testes previstos para janeiro e inauguração logo após, apesar de reconhecer atrasos apresentados na execução das obras.
+ Dezembro de 2024: No estágio de comissionamento, foram ativadas as utilidades de incêndio, ar comprimido, sistemas de geração de nitrogênio e energia, ainda sem processamento efetivo do petróleo bruto.
+ Fevereiro–Março de 2025: Declarações de que a operação comercial teria início no segundo semestre, entre junho e julho de 2025, com o presidente da Sonangol reforçando o cronograma.
+ Abril de 2025: Reportagem sul-africana indicou que a infraestrutura já alcançava mais de 70% de execução física, com previsão de início das operações em julho do mesmo ano.
Pontos em aberto
Apesar dessas várias estimativas e declarações confiantes, nenhum teste com petróleo bruto ou refino comercial foi oficialmente registrado até o momento. Não há confirmação de planta operando nem de produção comercial de derivados — apenas a ativação de sistemas auxiliares e testes de utilidades.
As frequentes revisões do cronograma — de janeiro, passando por julho e depois para o segundo semestre — mostram que o projeto enfrenta atrasos operacionais e possivelmente burocráticos. Embora seja evidente progresso nas obras, sem a confirmação do início dos testes com óleo bruto ou produção, a refinaria permanece sem sinais reais de vida funcional. Resta aguardar um pronunciamento oficial confirmando o início das operações com petróleo.